sexta-feira, 4 de maio de 2012

Artigo Traduzido Harvard Business Review - .


Autor Shawn Achor


Em julho de 2010 Burt’s Bee uma empresa de produtos de cuidados pessoais, passava por mudanças enormes, uma expansão global para 19 países. Nesse tipo de situação de alta pressão, muitos líderes chateiam seus colaboradores com reuniões freqüentes ou enchem sua caixa de e-mails com demandas urgentes. E ao fazer isso, gestores aumentam o nível de ansiedade de todos, ativando a área do cérebro que processa ameaças – a amídala – e rouba energia do Córtex Pré-Frontal, que é responsável por resolução de problemas.
John Replogle CEO então da Burt’s Bee tomou um caminho diferente. Cada dia ele enviava um e-mail elogiando um membro da equipe por trabalhos relacionados à expansão.
Interrompia suas apresentações no lançamento para lembrar seus gestores para conversar com suas equipes sobre os valores da companhia. Solicitou um workshop de 3 horas sobre bem-estar no trabalho no meio dos esforços de expansão. Como um gestor sênior comentou um ano depois, a ênfase em estimular uma liderança positiva, manteve seus gestores engajados e coesos conseguindo concluir a expansão global com sucesso.
O resultado não deveria surpreender. Pesquisas mostram que quando as pessoas trabalham com um modelo mental positivo, a performance aumenta praticamente em todos os níveis de produtividade, criatividade, engajamento.
Ainda assim felicidade é um dos drives de performance menos compreendidos. A grande maioria pensa que sucesso precede a felicidade. “Uma vez que eu for promovido serei feliz” ou “ Uma vez que atingir minha meta de vendas me sentirei bem”. Mas como o sucesso é um alvo em movimento – assim que você atingiu o alvo, precisa mirar novamente – portanto a felicidade que vem do sucesso é passageira.
A verdade é que as coisas funcionam de forma inversa: Pessoas que cultivam um modelo mental positivo encaram melhor desafios. Todo resultado de negócio tem melhora quando o pensamento é positivo. Observei esse efeito como pesquisador e palestrante em 48 países conectando bem-estar e felicidade com sucesso. E não estou sozinho nesta vertente: 225 estudos acadêmicos, incluindo os de pesquisadores como Sonja Lyubomirsky, Laura King, e Ed Diener, mostram fortes evidencias de causa direta entre satisfação com a vida e resultados bem sucedidos de negócios.
Outro equivoco comum é pensar que nossa genética e o ambiente, ou a combinação destes dois fatores determinam nosso grau de felicidade. Certamente ambos têm um impacto importante. Porem o senso de bem-estar do ser humano mostrou-se surpreendentemente maleável. Os hábitos cultivados, a forma de interagir com colegas, o que você pensa sobre o stress - tudo isso pode ser administrado para incrementar seu grau de satisfação e suas chances de se sair bem.
Desenvolva novos hábitos
  
Treinar seu cérebro a ser positive não é tão diferente quanto treinar seus músculos em uma academia.
Pesquisas recentes sobre neuroplasticidade – a habilidade de mudar nossos cérebros mesmo quando adultos – revelam que quando você desenvolve novos hábitos, nova conexões no cérebro são feitas.
Comece a exercitar um aspecto positive todo dia e em algumas semanas já perceberá o impacto. Em Dezembro de 2008 (plena crise) trabalhei com a KMPG em Nova York e New Jersey para ver se o nível de satisfação de seus gestores poderia aumentar. Pedi a eles que escolhessem uma das 5 atividades abaixo que se correlacionam com mudança positiva:

  •   Anote 3 coisas pelas quais é grato.
  •   Escreva uma mensagem positiva para alguém em sua rede de contatos
  •    Meditar 2 minutos na sua mesa.
  •    Fazer atividade física ( mínimo 10 minutos)
  •    Escrever em 2 minutos um diário com as experiências mais significativas nas últimas 24hs.

Os Participantes executaram a atividade escolhida todo dia por 3 semanas. Muitos dias depois do treinamento ser concluído, avaliamos os participantes e um grupo controle que não havia participado para determinar sua percepção geral de bem-estar. O quão engajados estavam? Estavam deprimidos? Em cada item medido as notas do grupo experimental foram significativamente maior que no grupo de controle.
Ao fazermos o mesmo teste 4 meses depois essa diferença ainda era forte e os participantes tinham notas mais altas em otimismo e satisfação.
Antes da intervenção numa escala de satisfação bastante aceita – que vai até 35 pontos. O grupo foi de 22.96 até 27.23 quatro meses após o treinamento. Alguns mantiveram o novo hábito muitos meses após o treinamento.
Shawn Achor – É consultor e CEO da Good Think
Artigo Traduzido por Miguel Nisembaum 

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